TOP 10 MELHORES FILMES DE ANIMAÇÃO

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A importância e relevância cultural que este gênero exerce no mundo é tão absurda que transcende seu público alvo. Desde a incursão da Disney, ao lançar o considerado primeiro longa-metragem em animação "Branca de Neve e os Sete Anões" em 1937 até o advento da computação gráfica, o gênero se revolucionou ao longo de 78 anos com inúmeros clássicos e sucessos de bilheteria.
Estabeleço a difícil missão de listar somente dez filmes do gênero, pendendo a ser um pouco determinista. Ressalto a importância de alguns filmes não listados como os clássicos Disney: Pinóquio (1940), Cinderela (1950), A Pequena Sereia (1989), A Bela e a Fera (1991), Aladdin (1992) e Mulan (1998). Assim como os imperdíveis da Pixar: Vida de Inseto (1998), Toy Story 2 (1999), Wall-E (2008), Up - Altas Aventuras (2009) e Toy Story 3 (2010). Os inusitados e excêntricos do estúdio Ghibli: Meu Vizinho Totoro (1988), O Serviço de Entregas da Kiki (1989), Princesa Mononoke (1997) e O Castelo Animado (2004). O humor despretensioso da DreamWorks em: Shrek (2001), Madagascar (2005), Os Sem-Floresta (2006) e Como Treinar Seu Dragão (2010).
Sem mais enrolação, venha descobrir os 10 MELHORES FILMES DE ANIMAÇÃO!!!



No embalo da vencedora do Óscar de Melhor Canção Original, "We Belong Together" do filme Toy Story 3, confira os listados aqui neste post!



Se "A Princesa Mononoke" (1997) marcou a aparição do estúdio japonês de animação Ghibli no Ocidente, o filme que se seguiu, "A Viagem de Chihiro", foi a obra que levou Hayao Miyazaki a ser reconhecido como um dos maiores roteiristas e diretores do Japão. Com seu estilo excêntrico de animação, o filme desafia a soberania suprema da Disney e seu jovem filhote, a Pixar.
A tímida e nervosa Chihiro se muda com seus pais para uma nova casa onde logo se deparam com uma cidade aparentemente abandonada. Os pais de Chihiro se fartam de tanto comer e se transformam em porcos num passe de mágica e é aqui onde a protagonista percebe que não está sozinha. A cidade que parecia estar abandonada, está cheio de espíritos e ela precisa vencer seus medos para ajudar seus pais e encontrar o caminho de volta para casa.
Este filme de certa maneira é a versão oriental de "Alice no País das Maravilhas", só que mais inteligente, influente e sombrio. O nível de inventividade que o diretor representou os personagens - combinação brilhante de animação feita à mão e computação gráfica - apresentou figuras únicas como a bruxa Yubaba, bebês gigantes fazendo pirraça de forma destrutiva, espíritos que mudam de forma conforme mudam de personalidade e obviamente, o famoso Haku: o benevolente espírito menino-dragão que ajuda Chihiro neste mundo exuberante e singular.
A influência deste filme para o gênero é algo absurdo, vencedor do Óscar de Melhor Animação, a história trata-se da adaptação à ambientes estrangeiros, dos efeitos da devastação ecológica e acima de tudo, da importância de lembrar quem você é e de onde você veio.


O 52º longa-metragem da série de clássicos da Disney conta a história de Ralph, vilão do jogo de Fix-it Felix, onde o herói de mesmo nome constrói edifícios que Ralph destrói. Cansado de ser o "cara mau" por mais de 30 anos, Ralph decide provar que pode ser um bom rapaz e escapa do seu jogo através de um cabo de alimentação. Entrando em um jogo de corrida de kart chamado Corrida Doce, ele conhece a inesquecível Vanellope, que é um "bug" do programa, que tem o sonho de correr e vencer a corrida.
O que difere esta animação das outras é sua capacidade de estabelecer uma amizade improvável, brincando com a ingenuidade dos personagens com personalidades opostas, nossa concepção do que é vilão e mocinho, o nostálgico mundo dos fliperamas: destaque na cena em que Ralph entra na reunião dos "vilões anônimos" incluindo personagens como Bowser do Super Mario Bros e o Doutor Eggman dos jogos do Sonic, um visual de design de produção colorido e energético e principalmente seu tom saudosista, focado numa geração que acompanhou o mundo dos videogames desde os poucos bits até os mais surreais jogos da atualidade.
O roteiro bem feito funciona para os adultos amantes dos videogames, mas também para as crianças de hoje, e é aqui onde a carismática Vanellope desempenha seu papel no filme. Uma protagonista que adiciona humor, ingenuidade e prova que apesar de ser excluída por não se encaixar num padrão, tem muito mais a oferecer.


Todos querem um pedaço do lucrativo universo dos longa-metragens de animação. Após o fracasso do filme "Titan", a Fox decide se associar à Blue Sky Studios, dirigida pelo pioneiro em animação digital Chris Wedge. O primeiro resultado desta parceira é o filme "A Era do Gelo" (co-dirigido pelo brasileiro Carlos Saldanha), sucesso de crítica e público com mais de 383 milhões de dólares em bilheteria que gerou três sequências - atitude desesperada do estúdio em se agarrar no sucesso do filme e decidir fazer uma franquia - mas nenhuma supera a original.
O filme se passa há 20 mil anos atrás, onde o mundo se encontrava no famoso "período glacial". Somos apresentados ao trio mais querido do mundo da animação: Manny - o ranzinza mamute, Sid - o hilário e atrapalhado bixo-preguiça e Diego - o misterioso tigre dente-de-sabre, que após uma série de aventuras decide se juntar ao grupo, ficando contra sua espécie para ajudar a devolver um bebê humano que salvaram às margens de um rio.
Não vamos esquecer do azarado esquilo Scrat, responsável pelos engraçados prólogos e epílogos do filme, mostrando sua busca desenfreada pela noz. Tão carismático e hilário que dispensa personagens secundários em suas cenas.
Os cenários pré-históricos trazem uma grandiosidade ao longa, com personagens marcantes e hilários que entraram para sempre no coração dos fãs de animação nos concedendo um dos mais divertidos filmes do gênero, que apesar de não ter o glamour dos clássicos da Disney e nem o humor ácido da DreamWorks, consegue se manter por seu desempenho único e cativante.


Obviamente que uma lista de melhores animações ia ter alguns filmes da Pixar, não é mesmo? Mas o que faz os filmes deste estúdio se destacarem das outras produções, até mesmo da influente Disney que tem parceria nos seus filmes?
A capacidade que essa empresa tem de mergulhar em conflitos e sentimentos humanos através de universos que são vistos como imaginários - como o mundo marinho em "Procurando Nemo", o universo dos brinquedos explorados pelo pioneiro "Toy Story", as máquinas no pós-apocalíptico "Wall-E" - é surreal e uma fórmula pronta usada em suas criações deste então. E quase sempre, em meio destes temas, esses filmes nos tocam demonstrando a importância do sentimento de desapego, constante dor que precisamos enfrentar para seguir a vida.
Em "Monstros S.A." temos uma divertida aventura focada na cidade de Monstrópolis, que fica dentro do armário de qualquer criança atravessado por portas - que nada mais são do que um portal entre o mundo dos humanos e o dos monstros - onde através dos gritos das crianças, causados pelos monstros que trabalham na empresa Monstros S.A. para assustá-las, geram energia para toda cidade.
Sulley é o melhor "assustador" da empresa e Mike é uma espécie de agente, além de melhor amigo, que o auxilia para coletar gritos. Mas nem tudo está conforme o planejado, visto que algumas crianças demonstram resistência ao susto fazendo a empresa entrar em crises de energia. Para piorar, a fofa da Boo escapa do mundo humano e causa o maior estrago no mundo monstro, já que crianças são consideradas tóxicas para a saúde dos habitantes desta peculiar cidade.
A ideia de criar uma relação duplamente de medo entre crianças e monstros é a maior sacada deste filme. Visto que os monstros ali não passam de seres inofensivos que também sentem medo das crianças, desconstruindo a imagem de monstros malvados e crianças inofensivas. E através disso surge o ponto mais forte do filme, ao mostrar a amizade e o carinho entre Sulley e Boo e como isso simboliza, de um modo mais amplo, a importância da obra.


Primeiro longa inteiramente em animação computadorizada e o primeiro da famosa Pixar, produtora que depois criaria inúmeros clássicos. "Toy Story" é tão único, divertido e inteligente para ficar somente restrito ao público infantil.
A história gira em torno da rivalidade entre o xerife Woody, um antiquado boneco de cowboy que até então era o favorito do seu dono Andy, uma criança de seis anos, e o moderníssimo Buzz Lightyear, um piloto espacial de desenhos animados. Woody, acreditando que foi deixado de lado com a chegada de Buzz, decide se livrar do boneco espacial e a partir de então enfrentam terríveis perigos no mundo que existe fora do quarto de Andy.
O filme utiliza a tecnologia de ponta para dar valor e importância aos brinquedos na vida e na educação de qualquer criança. Provando que crianças são capazes de amar seus brinquedos, porque a imaginação faz eles ganharem vida causando empatia não só das crianças mas principalmente dos adultos, já que todos nós um dia fomos essas mesmas crianças que amamos até hoje nossos antigos brinquedos.
A relevância cinematográfica ao ser totalmente feito por computador, a introdução de personagens que entraram de vez na cultura pop e a mensagem que tenta passar são apenas alguns atributos que fizeram este filme virar um clássico instantâneo. E para melhorar, possui ainda duas sequências que não perdem a qualidade, sendo que a última faz qualquer marmanjo "suar pelos olhos".


Uma história angustiante e dolorosa sobre os horrores da Segunda Guerra Mundial obviamente tem seu público alvo não as crianças, mas sim os adultos. E não se engane ao pensar que isto se deve ao fato pela temática do filme mas sim pelo modo que retrata as vítimas muitas vezes silenciosas, como as crianças inocentes que precisam cuidar de si mesmas enquanto o mundo está acabando por conflitos humanos que nós, adultos, submetemos eles a passar.
"O Túmulo dos Vagalumes" conta a história de dois meninos japoneses que se tornam órfãos depois que seu vilarejo é bombardeado por causa da guerra. Com atenção à criação do design em ressaltar cores escuras, com exceção do contraste de luzes brilhantes de vagalumes que simboliza a esperança do fim deste massacre, e a ausência de cores que qualquer animação comercial ocidental teria, retrata não só a proposta do filme mas também a sinceridade emocional dos protagonistas.
Aqui o drama não é trazido por temáticas infantis e nem por sentimentos saudosistas, pelo contrário, o sentimento vem de uma dura realidade. Por retratar uma história emociante através de um grande massacre da história mundial e por trazer a esperança do mundo contida em personagens tão singelos e honestos, este filme merece um lugar especial no mundo da sétima arte.


Depois do sucesso de crítica e público alcançado por "A Viagem de Chihiro", Hayao Miyazaki entregou uma série de filmes característicos de sua mente inventiva. A Studio Ghibli, com finaciamento da Disney, lançaram este filme repleto de magia, originalidade e uma direção de arte que impressiona desde a primeira cena, retratando uma bela história de amizade.
Ponyo é um ser que vive nos mares que após escapar de uma rede de coleta de lixo - ótima adição de crítica em relação à degradação do meio ambiente - acaba parando nas mãos do esperto menino Sosuke, que rapidamente a resgata, começando a se afeiçoar a estranha criatura. Esta relação entre Ponyo e o menino é perigosa demais para o equilíbrio natural do mundo, fazendo que conforme eles vão criando cada vez mais laços de amizade, o planeta sofre grandes ataques de marés resultados por estranhas divindades marinhas.
A determinada Ponyo não desiste fácil da amizade de Sosuke e através da sua persistência consegue se transformar numa menina de verdade, por causa desta relação profunda já estabelecida.
O mais fantástico do filme é a evolução biológica da protagonista, que conforme vai passando pelas situações criadas no roteiro vai se transformando numa melhor versão dela mesma, de água viva à humana. Assim como qualquer filme de Miyazaki, o vislumbre visual é outro fator marcante, retratando os personagens aquáticos de uma forma excêntrica e nem um pouco linear resultando numa obra marcante para um estúdio reconhecido por sua capacidade singular de não impor limites a imaginação.


Após "Up - Altas Aventuras" em 2009, a Pixar só produziu sequências ou filmes que não tenham a mesma originalidade em que criou a sua reputação. Com o lançamento deste longa, o estúdio se reergue e prova a sua capacidade em contar histórias criativas, divertidas e com grandes mensagens a se passar.
Em "Divertida Mente" temos a história da menina Riley, que após sua mudança para a cidade de São Francisco precisa lidar com seus sentimentos para sua adaptação. Seus sentimentos aqui são personagens, onde temos: Alegria, Tristeza, Nojinho, Raiva e Medo. Todos desempenham um papel importante para a vida de Riley, onde controlam as situações e através dos seus sentimentos criam memórias. A líder Alegria, persiste que Riley seja uma menina feliz e plena, muito preocupada que as outras emoções venham exercer mais funções na vida da menina. Algumas memórias são tão importantes que são denominadas "memórias base", o que resulta em pontos fortes que compõem a personalidade de Riley.
Aqui temos um roteiro incrivelmente inteligente que mexe com o psicológico de qualquer pessoa. Visto que os protagonistas são abstratos, pois são emoções. Cada emoção tem uma cor e personalidade predominante, o que ajuda na compreensão do público infantil. Este filme explica porque algumas memórias nossas são esquecidas, como se forma nossa personalidade e questões do inconsciente como os sonhos (cenas hilárias nesta parte). Tudo isso em um filme que te oferece mais sabedoria do que qualquer outra experiência.
Mas pessoalmente o que determinou para a posição deste longa nesta lista foi o fato de nos mostrar que qualquer sentimento, até mesmo a tristeza, é tão importante quanto a nossa felicidade. E que é ok se sentir triste pois além de crescer, podemos criar novas memórias alegres.


O que falar de um dos principais clássicos de todos os tempos do cinema? "O Rei Leão" pode ser facilmente listado como um dos melhores filmes já produzidos. É uma tarefa difícil escrever a importância e impacto cultural que este filme causou desde o seu lançamento em 1994.
Aqui temos o mundo da selva, onde o jovem leão Simba é exilado por seu malvado tio Scar após a terrível morte do seu pai Mufasa. Forçado a se virar sozinho, ele faz amizade com duas figuras cômicas - Timão e Pumba - e se apaixona pela leoa Nala, antes de retornar para o seu lugar e virar líder dos animais.
O filme é impressionante em todos os aspectos. Desde o início com a cena dos animais - embalados pela famosa música "Ciclo da Vida" - numa espécie de apresentação ao futuro rei, a morte inesquecível de Mufasa pelo próprio irmão - onde cada pessoa da face da Terra chorou - o amadurecimento do pequeno leão até virar um respeitável rei, o cemitério de elefantes onde vive o dissimulado Scar e as hienas, os alívios cômicos gerados pela dupla Timão e Pumba e o encerramento final de vingança. Tudo isso orquestrado com ótima trilha sonora de Elton John, como a vencedora do Óscar de Melhor Canção Original - "Can You Feel the Love Tonight" - resultou no ápice da Disney e gerou um clássico eternizado por gerações e gerações.


Não há questionamentos sobre a excelência e divertida história de "Procurando Nemo", a produção que entrou de vez para um dos maiores clássicos do gênero de animação garantido uma vaga em qualquer lista de filmes por revistas e blogs internacionais respeitáveis do cinema.
Para a Pixar, foi um salto no quesito qualidade técnica ao nos mostrar um universo marinho deslumbrante. Na narrativa temos um filme que funciona como família - o amor incondicional do pai Marlin pelo seu pequeno filho Nemo - e aventura.
Após um ataque no seu coral, Marlin perdeu todos seus filhos e a sua esposa. Resta somente um pequeno ovo, onde nasce Nemo, o único sobrevivente. Por causa disso, o peixinho é exageradamente protegido pelo seu pai, que o subestima por ter medo de perder seu único filho. Então Nemo, determinado a mostrar ao pai que pode se virar sozinho, acaba sendo sequestrado por mergulhadores e acorda num aquário.
O filme tem dois momentos: Marlin que ao encontrar a hilária Dory (a peixinha desmemoriada que faz 50% do filme ser fantástico como ele é) decide encontrar seu filho, e Nemo preso num aquário cheio de outros peixes onde também tentam escapar.
Seja pelo "baleiês" da Dory, o hilário momento que Nemo a encontra e ela não se recorda - sendo que o filme todo ela estava justamente ajudando Marlin a encontrar ele - ou até pelos carismáticos tubarões que pretendem virar vegetarianos, "Procurando Nemo" não só funciona para o gênero mas se estabelece como um dos mais cômicos filmes que assisti até hoje.
Através de grandes questionamentos de amizade, amor fraternal e superproteção que os pais fazem com seus filhos, pelo alívio cômico trazido especialmente por Dory e por todo visual deslumbrante fornecido pelo design de produção, este filme garante medalha de ouro na lista por ser tão divertido, envolvente, sensível e principalmente atemporal.

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