10 FILMES PARA ASSISTIR DEPOIS DE TERMINAR UM RELACIONAMENTO

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Ok, terminar uma relação é um saco. E é quase que uma etapa obrigatória na vida de alguém. A não ser que você seja um tipo de ‘semideus’ que conheceu o amor da sua vida de primeira e morreu no exato minuto que esta pessoa também morreu. Exceto a este caso, para nós, reles mortais, essa experiência vai acontecer e será difícil. Talvez aconteça mais de uma vez. No mesmo relacionamento, ou em diferentes relacionamentos.
Eu gosto de encarar o cinema como uma versão paralela e ambígua da realidade. Alguns certamente me acham um lunático que associam minha incapacidade de encarar a realidade ao me refugiar em filmes. No entanto, filmes são escritos e dirigidos por pessoas reais. Pessoas que tiveram o intuito de passar uma mensagem, consciente ou não, de suas experiências de vida. E este é o grande presente do cinema. Pois não importa seu gosto, sua história de vida, o momento que está passando, algum filme irá ser tudo aquilo que você precisa um dia assistir. E certamente, um dos temas mais abordados no cinema é sobre a difícil arte de se relacionar com o Outro.
Na tentativa de listar os filmes que julgo pertinente para quem está passando por isso, selecionei aqueles me emocionaram. Não posso apenas ser técnico e imparcial em um tema como esse. Então, repito, muito dos filmes listados aqui são essencialmente baseados no que senti. Seja pela sua mensagem, sua emoção, sua perspectiva e sua intenção de inferir uma mudança e um ponto de vista para alguém que busca um consolo após um término.




Independente da sua atual situação financeira, faz uma "vaquinha" e vá imediatamente para algum lugar. Não importa onde, pode ser uma cidade vizinha ou outro continente. Só não fique na cidade onde mora. Separa umas férias ou um final de semana e faça como a protagonista Frances (Diane Lane), recém-divorciada e traída, que decide ir para a Toscana para respirar novos ares. Percebendo que caso esse divórcio não estivesse acontecido, ou seja, qualquer curva arbitrária da vida, ela seria uma pessoa totalmente diferente e que possivelmente nunca conheceria os fascínios da romântica cidade italiana, ela decide por vez comprar uma casa e mudar totalmente de vida. E quem sabe, assim como Frances, o seu término não foi esta curva decisiva para ser essa pessoa diferente? Essa nova versão sua. Talvez a necessária para um futuro que nem saiba que está te esperando. Fora que, se é possível ir para a Itália, quem é o ex comparado a essa viagem maravilhosa?

UMA DAS CENAS MARAVILHOSAS DO FILME:



Muito típico do ser humano culpar apenas o ex pelo término do relacionamento. Porque ele(a) não foi sensível suficiente, porque não foi acessível suficiente, porque não te amou o suficiente, porque não foi companheiro suficiente. Mas tu é suficiente em tudo também? Rob Gordon (John Cusack) culpa sua recente ex-namorada Laura (Iben Hjejle) sobre sua fracassada vida amorosa e estabelece um "top 5 piores términos que já aconteceu a ele". No entanto, essa inusitada lista o fez refletir sobre suas atitudes e se conscientizar que existia uma perpetuação que causou todos os seus términos anteriores. E quando se percebe isso, sua vida melhora significativamente e o prepara para ter um relacionamento mais estável e saudável. Uma excelente indicação para os babacas que adoram culpar os ex porque ele é “perfeito demais” para errar. E para você também, para parar de ser trouxa e achar que só você carrega a culpa.

UMA DAS CENAS MARAVILHOSAS DO FILME:



Nós somos treinados em não demonstrar vulnerabilidades porque isso remete a fragilidade e o mundo não tem espaço para os fracos. Só que realmente está tudo bem em não estar sempre bem. E principalmente quando termina um relacionamento com alguém que ainda gosta. Fingir e simular os próprios sentimentos como uma forma de controlar toda a sua vida é o seu pior erro neste processo de luto que um término exige. Então se permita estar triste e coloque para fora todos esses sentimentos que está segurando. Melhor ainda é se cercar de pessoas que realmente gostam de você. Seus amigos confiáveis e sua família podem te ajudar neste momento tão difícil. Porque fingir que está tudo bem não faz você superar, mas sim, adiar e prolongar este sofrimento. E justamente quando Celeste (Rashida Jones) percebe que ela perdeu o controle sobre seu ex-namorado Jesse (Andy Samberg), e consequente, sobre suas emoções, seu mundo milimetricamente construído cai. No entanto, pode ser que no final, assim como ela, você aprenda a não pegar tão pesado consigo mesmo.

UMA DAS CENAS MARAVILHOSAS DO FILME:



Quando Amanda (Cameron Diaz) e Iris (Kate Winslet) acabam de passar por uma desilusão amorosa, ambas se encontram na internet e decidem trocar de casas. A experiência trocada, proporciona uma urgência para dar um espaço para si mesmas e lá conhecem pessoas que a fazem se sentir queridas novamente, em um momento tão vulnerável de suas vidas. Pessoas que podem vir na forma de um grande romance, na forma de um grande amigo e até mesmo na forma de uma inocência de uma criança. Este encontro com pessoas novas, por mais satisfeito que você seja com os bons e velhos amigos e familiares, trazem um frescor para um recomeço de vida, tão primordial para alguém que acabou de passar por uma experiência de término. Pois quando percebe que algumas pessoas irão gostar de ti exatamente pelo que você é, o peso da rejeição se foi antes mesmo de perceber.

UMA DAS CENAS MARAVILHOSAS DO FILME:



Brooke (Jennifer Aniston) e Gary (Vince Vaughn), após inúmeras brigas, decidem terminar seu casamento de dois anos, mas continuam morando na mesma casa. Em tentativas de atingir um ao outro, como uma forma paradoxal de recuperar a relação, ambos percebem sua parcela de culpa e de como é natural nos prender a atitudes egoístas quando nos sentimos acomodados em um relacionamento. Pois nem sempre sabemos como terminou uma relação. Às vezes, o desgaste é maior do que tentar novamente. Mas o tempo, considerado o curandeiro absoluto, nos treina para falhar menos na próxima. Amores antigos ficam ridículos com o passar do tempo, mas eles nos ensinam que a partir dali é impossível amar menos e consequentemente, nos despir do ego para dar espaço para alguém entrar.

UMA DAS CENAS MARAVILHOSAS DO FILME:



Após a aceitação do término, vem a pior aceitação: seu ex deve virar um estranho. Você sente falta da intimidade, sente falta da companhia de alguém que te conhece tão bem, sente falta dos laços que foram construídos durante o tempo que passaram juntos. Sente falta das piadas, das implicâncias, de tudo. Mas se alguma das partes sai desta relação ainda gostando, não há justificativas para manter um contato. A gente desenvolve um sentimento masoquista nesta etapa da superação. Viramos stalker profissional. O sentimento pelo outro nunca é a única coisa que mantem a relação. E não há melhor filme para retratar isso do que “Closer – Perto Demais”, que não há nenhum tipo de “romantização” do que é se relacionar. Onde quatro pessoas – Alice (Natalie Portman), Dan (Jude Law), Anna (Julia Roberts) e Larry (Clive Owen) – podem se encontrar, se conhecer, se apaixonar, se decepcionar, se ridicularizar e sumir, abruptamente, da vida de alguém. E se tem alguma coisa na vida que precisamos aprender é sair definitivamente da vida de pessoas que viraram estranhas para nós.

UMA DAS CENAS MARAVILHOSAS DO FILME:



Um dos motivos mais frequentes que causam um término de relacionamento é a completa frustração das pessoas envolvidas, ou uma das partes, em romantizar o conceito que aprendemos desde pequenos nos filmes, nas séries, nas músicas, sobre o amor. Aquele amor que é destinado a nós a encontrar uma única pessoa que nos fará eternamente feliz. E é muito claro notar o vazio nos olhos dos amigos que contam sobre seus términos, dos estranhos que conhecemos numa noite qualquer. Todas as pessoas sentem uma necessidade de falar a respeito desta frustração. Mas estamos no mundo para desconstruir coisas, não é mesmo? Então, a ideia de uma única pessoa, dentre os seis bilhões de habitantes no mundo, ser a única que te fará feliz é a mesma ideia que fez Tom (Joseph Gordon-Levitt) enlouquecer após terminar sua relação com Summer (Zooey Deschanel). No entanto, apesar do sofrimento, a ideia do destino perfeito que te uniu a sua “alma gêmea” te parece idiota com o passar do tempo. E em seguida, a aceitação, assim como ocorre ao protagonista, de que o destino não existe e sim, o acaso, te reconforta pois justamente quando isso se torna claro, não há cobranças nas suas futuras relações e principalmente na ideia de estar com alguém.

UMA DAS CENAS MARAVILHOSAS DO FILME:



Uma leve e descontraída comédia-não-tão-romântica-assim, conta a história de vários tipos de solteiros na cidade de Nova York. Alice (Dakota Johnson), recém chegada e solteira, decide encontrar a si própria com a urgência em que percebe que toda a sua vida passou namorando alguém. Durante sua autodescoberta, ela aprende a como gostar de ser solteira, e é claro, percebe o quão difícil pode ser este processo. E apesar de ser o filme menos sério e dramático da lista, a mensagem de que as pessoas estão sempre em busca de alguém para se apaixonar ao invés de focar em suas próprias vidas é, no mínimo, relevante para o tema. Porque muitos “recém-solteiros” tendem a este caminho. Procurar alguém para substituir o ex. A ideia de estar apaixonado(a) é maior do que, de fato, estar. Mas calma, independente do que possa estar sentindo, há uma possibilidade grande de gostar de ser solteiro(a) após o filme acabar. O que pode ser o empurrão inicial, não? E não é justamente o objetivo deste post?

UMA DAS CENAS MARAVILHOSAS DO FILME:



Muito comum depois de um término querer apagar todas as lembranças do ex em um passe de mágica. Como se fosse possível. Se livrar de todas as fotos, cartas, presentes e objetos que nos remete àquela pessoa. Joel Barrish (Jim Carrey) descobre que sua ex-namorada Clementine (Kate Winslet) apagou todas as memórias que tinha dele através da empresa New York City Lacuna, Inc. com o doutor Howard (Tom Wilkinson). Então, ele decide fazer o mesmo. Só que não contava que ao apagar as lembranças que tinha de sua relação de dois anos com Clementine, ele estava apagando parte de sua história de vida. E não importa o quão doloroso seja este momento para você, jamais finja que essas lembranças não existiram. Porque elas existem e estão contigo para sempre. Pois parte do que você é hoje, é graças a essas memórias. As experiências vividas. O sentimento de completa felicidade. As frustrações envolvidas. O tanto que aprendeu. Não importa se são lembranças boas e ruins, ambas são suas e isso ninguém pode te tirar.

UMA DAS CENAS MARAVILHOSAS DO FILME:



Calvin (Paul Dano), jovem escritor renomado, demonstra resistência em escrever seu próximo livro até que sonha com uma garota perfeita, que logo decide chamar de Ruby (Zoe Kazan). Repentinamente apaixonado pela ideia, decide escrever todas as características de sua personagem. No entanto, Ruby não se prende apenas nas páginas escritas e surge na casa de Calvin misteriosamente, acreditando ser sua namorada. Após o choque e de se convencer de que Ruby é real, pois outras pessoas também podem enxergá-la, Calvin logo percebe que tem o poder de alterar as emoções e as atitudes de sua namorada apenas escrevendo na sua máquina de escrever. Isso, nas entrelinhas, transmite que em um relacionamento, um não pode mudar o outro, apenas pelo seu prazer. Têm de haver um consenso entre as partes. Tudo o que desagrada ou falta para Calvin, ele modifica em Ruby. E isso é, além de uma ótima metáfora para relacionamentos abusivos, um tapa na cara para pessoas que não aceitam as outras como são. Independente do relacionamento, existirá confrontos. O que difere os relacionamentos que duram dos que não duram é a forma como vão resolver estes confrontos. Pois não é o amor que faz um relacionamento, é a forma de se relacionar que faz o amor. E obviamente, este é o maior ensinamento que pode se ter ao terminar uma relação.

UMA DAS CENAS MARAVILHOSAS DO FILME:

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